Talharim ao forno + Pudim Baiano

Ainda cansadíssima de mais receitas parcialmente bem sucedidas, vamos ao trabalho digno de reportá-las. Mais uma vez com alguns 6 estômagos a mais para alimentar... resolvi fazer uma massa. Não foi muito difícil de fazer, mas eu acho que errei (pra variar) no ingrediente: o presunto deve ser comprado em peça e cortado em pedacinhos (eu pedi pra amiga do mercado fatiar). Fora isso a receita seguiu sem maiores problemas (uma queimada na mão aqui, uma enfiada de abridor no dedo ali), o maior problema ficou por conta da sobremesa: o pudim baiano. Eu tive que fazer 3 vezes a desgraçada da calda e, ainda assim, não consegui! Parabéns a minha capacidade cognitiva e coordenação motora. Essa calda foi com direito a pití (pra variar): acordei o namorado que dormia de maneira graciosa na tarde desse domingo pra ir me ajudar na cozinha... fiquei feliz quando vi que ele queimou também - a calda!. Depois o coitado teve que sair pra comprar mais açúcar (apoio moral completo e absoluto).

Por fim, fiz uma calda tomando super cuidado pra não queimar... conclusão: não apareceu calda no pudim. O açúcar ficou todo branco e grudado na forma, e até rendeu um apelido pro meu pudim baiano: pudim baiano albino ou quindão sueco. Se você não acredita, você me diz qual o nome mais apropriado pra isso:

Ficou feio, porém gostosinho! Na verdade a ausência de calda foi intencional, visando minimizar a carga calórica do branquelinho.

Quanto ao macarrãozinho amigo, esse poderia ter ficado melhor se tivesse mais creme de leite (olha eu querendo dar dicas a Ofélia). Mas ficou gostoso (porém feinho também):

Devo afirmar que minha vaidade vai pro saco quando eu coloco as fotos aqui... mas isso é um bom passo para a aceitação: isso é superação! Freud explica.

Claro que nesse meio tempo eu também joguei ovo em mim ao bater o infeliz e derrubei um poquitinho mínimo de sal no pudim quando estava pronto (e foi percebido por um dos convidados, também infeliz) mas tudo isso faz parte quando se visa o crescimento espiritual que a culinária agrega. Aff... nem eu estou me convencendo mais.

Bom queridos amigos, seguem as receitas ma-ra-vi-lho-sas:

TALHARIM AO FORNO

Para fazer essa receita super especial eu cozinhei 750 g de talharim, coloquei em uma forma refratária e adicionei 100 g de margarina (usei manteiga: supimpa!) e 250 g de presunto (Sadia, tá querendo me enganar é? - essa propaganda não é da minha época, é da do meu irmão-descobridor-de-sal-em-pudim). Em uma tigela eu bati 5 ovos + 1 lata de creme de leite + 5 colheres de sopas de queijo parmesão ralado (exageradas! Se joga!) + sal e pimenta do reino branca. Cobri o macarroni com essa meleca de ovo (que eu aprendi a abrir um por um! Orgulho da mamãe que sou!) e taca no forno pra gratinar.

Eu colocaria menos macarrão, acho que 500 - 600 g dá... assim fica mais molhadinho.

PUDIM BAIANO (ou PUDIM BAIANO ALBINO, ou QUINDÃO SUECO)

Pra fazer essa receita que exige muita peripécia do cozinhante, você precisa preparar uma calda de açúcar trabalhosa, mesquinha e sem vergonha. A Ofélia (in memorian) fala pra se derreter 1 xícara de chá de açúcar cristal em fogo baixo sem mexer (apenas movimentando a panela). Se você fizer uma que preste, me ensina? Você taca a calda na forma com buraco no meio e parte pro pudim: bate no liquidificador 5 ovos, 1 lata de leite condensado e usa a medida para colocar 2 de leite. Põe também 1 xícrinha de chá de açúcar e 1 vidro (200 mL) de leite de coco. Despeja na forma e põe pra assar.

A forma deve ficar em banho maria dentro de outra forma na grade mais alta do forno (segundo a Ofélica, isso economiza metade do tempo), conta 1 hora e voilà! Deve ficar na geladeira antes de desenformar!

Depois é só correr pro abraço!

Minha gente, estava eu hoje lendo sobre o Cajuzinho querido e fiquei sem entender: não vai ao fogo? Mas o lance leva ovo! E a Salmonella, como fica?

Beijo pro meu albino querido... o pudim eu fiz pensando em você ;-)

RECEITAS FEITAS: 8

FINAIS DE SEMANA: 4